quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

ERÊ



ERÊ é o mais novo morador do LAR DO BARDO. Uma doação do amigo poeta Gilson Cavalcante. Foi encontrado numa rua de Taquaruçu, todo choroso. Chegou tão novinho e desgarrado que logo deu um jeito de continuar mamando: chupa os próprios mamilos. Tá crescendo viciado nisso.
Além de “mamar” no próprio peito, já come ração, bebe leite e traça alguns bichinhos no quintal. Preferencialmente, caça e devora calangos e lagartixas. A calangada tá que chia pro Conselho Consultivo gerido por DEDO-DURINHO. 
Mas ERÊ não tá nem aí pra isso. Tem natureza felina e, claro, não nega a raça de gato de rua; é um predador nato. Só ainda não caça rato e passarinho. Pelo visto, treina intensamente neste sentido: sobe feito bala em troncos de árvores, escala habilmente esteios da varanda, dá pinote pra frente, pra trás, de lado, galopa e upa como um cavalinho. 
ERÊ é féla. Passa o dia fantasiando batalhas mirabolantes com seu juizinho de filhote inquieto: avança, recua, amoita, espreita, se ajeita, planeja... tudo meticulosamente. Ora ataca, ora se defende, calcula demoradamente cada passo. De vez em sempre salta pro alto, como se fugisse de botes de ávidas serpentes.

Em algumas situações, pentelha me cercando em rompantes fantásticos de brincadeira de pega. Eu gargalho com suas presepadas.

Ah! A bicharada do LAR DO BARDO pediu a MESTRE BRANCO que dê um corretivo no "presente" do poeta Gilson. Vamos esperar pra ver no que vai dar tudo isso.
Até!

sábado, 10 de dezembro de 2011



sábado, 3 de dezembro de 2011

MESTRE ALADINHO


Viajo na leveza de um beija-flor que tem visitado a casa diariamente. Chega de repente, pairando meticulosamente aqui e ali, em algumas situações até bem próximo de mim, como se dissesse... “dá licença?!” 

Vem beijar flores, mas também buscar fios de teia de aranha que extrai do telhado, no interior da casa e na varanda. Seguramente pra amarrar talinhos de um ninho em construção.

Não é de hoje que o aladinho me estimula a matutar sobre sua mestria de arquiteto. E assim me desperta ainda mais a atenção para os segredos e mistérios de uma outra ARQUITETURA: a VIDA.

Agora mesmo respiro a plenos pulmões para senti-la. Que maravilha ela pulsar em mim e em todos os seres. Que bacana sentir-se parte do Todo inabarcável mas perceptível. Que bom  compreender isto que é tão complexo quanto simples.

FOTO: Cultura Mix

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

que raro...

 um besourossauro!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O "NEGÓCIO" É CUIDAR


Dia desses, num lampejo, o TudoUM me falou da Criação que explode em Luz e Vida desde a janela dos nossos olhos até o horizonte azul infinito:

- Olha! Minha empresa. Tudo funcionando. E na faixa, de graça, 0800 total pra todos; principalmente vocês que se acham com esse papo de que foram criados à minha imagem e semelhança. Só da boca pra fora, isso que falam. Em vez de me ajudar a CUIDAR estão é DETONANDO. Um assanho mercantil, consumista, materialista. Entendam que fiz vocês com inteligência para que me ajudem CUIDAR DA VIDA. Entendam de uma vez isso. E deixem de culto ao deus DINHEIRO que compra até dignidade humana, mesmo sendo de papel e de mentira. Ah! Não me amolem com pedidos e lamúrias... ‘Ai, meu Deus!!! Ó meu Deus!!! Ô meu Deus!!!’. Aff!!! Parem com isso!!! Estou farto do olho gordo de vocês; só querem brasa pras suas sardinhas; vivem de cuidar do próprio umbigo; uns insaciáveis. Se toquem! Depois que detonarem as coisas naturais e essenciais à vida na Terra, aí irão entender que o DINHEIRO não tem PODER para FAZER O QUE EU FAÇO!”

Pois é. Não tomem por lorota, apesar da alegoria. Converso com seres, plantas e bichos. Invento e até aumento, mas não escondo nada.

Até!

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O ALIENÍGENA

Parece um formigão alienígena?!


Pois é. Depois eu conto quando, como e onde ele apareceu.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

HIPNOSE



Dona Coruja hipnotiza.
Vai encarar?!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

LAR DO BARDO

Pronto! Vou assumir o lado jardineiro produtor de pequenos arranjos. Que tal minha mini-bromélia em cochinho de casca de caju e suporte de talo de goiabeira?


E aí... gostaram?

Pois é. Vou assuntar. Logo abro uma página com fotos de plantas, uma lojinha virtual. Aí verei finalmente a cor da gaita de alguns de vocês


GLOSSÁRIO

1. GAITA - é um instrumento de sopro, mas aqui significa dinheiro; é uma gíria, como GRANA, CASCALHO, BUFUNFA, FAZ-ME-RIR etc

2. ASSUNTAR - o mesmo que ouvir, escutar, apreciar pela audição; pode também ser aplicado no sentido de prestar atenção, matutar, filosofar etc 

terça-feira, 16 de agosto de 2011

ARAGUAIA


No Araguaia, bancos de areia impressionam pela imensidão, pela altura e pelas formas. Geralmente são as primeiras praias que se formam nas épocas de águas baixas.


As praias altas são de bordas soltas que se derramam por sulcos nos canais que unem braços do rio espraiado. O tempo e o vento se encarregam de modelar as beiradas, revelando paisagens inspiradoras.

Meu amigo matuto sabe disso e, contornando tais praias, fotografa de ângulos sempre mais baixos. Seguramente para ressaltar formas e dar a elas dimensões imaginárias.



Agora mesmo ele me enviou estas duas acompanhadas dos seguintes versos. Pois é...


ó praia de grãos movediços
que se derramam pelas fendas
em bordas de líquidas contendas

com quantos dias de vento
te modelam a formosura
e de duna te dão estrutura?

de que forma te sustentas
desde a beirada rasa
solta sob o sol em brasa?

a liga de tuas camadas
de mini-paredões que invento
foi feita de que cimento?

com que rimas devo emendar
no mar de palavras frio e vário
este meu repente desnecessário?

ó praia de grãos movediços
eu sou o canto de teus rebuliços

terça-feira, 9 de agosto de 2011

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Flores engordadas nos detritos até falam!
MANOEL DE BARROS

Foto: uma flor no monturo / Antonio Rezende

quinta-feira, 21 de julho de 2011

CACHOEIRA DA VELHA

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nada se assemelha
ao dizer do povo...
a cachoeira da velha
faz chuá no rio novo

Foto – longa exposição à meia–lua na Cacheira da Velha / Jalapão – TO / Rezende

quinta-feira, 14 de julho de 2011

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quero a firmeza
da flora que medra
até na dureza da pedra

quarta-feira, 13 de julho de 2011

IPES FLORIDOS

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do céu ao chão da praça
tá assim de flor de ipê...


da multidão que passa
pouca gente vê 

terça-feira, 5 de julho de 2011

MIUDINHA

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Espreitando miudezas, percebe-se um mundo sutil repleto de seres que não se mostram a olhares apressados.
Viram o "detalhe" no centro da florzinha em primeiro plano? 


Acompanhem a sequência de imagens da mesma cena...




 

Notaram a aranha miuda (a flor não é maior que uma unha de mindinho) saindo de ré, acanhada, de fininho? Pois é. Isso aconteceu depois que eu - percebendo que aquele "miolinho" não era da flor -  joguei verde pra colher maduro:

-  Tô ligado, ô da bunda de fora!!!

Vejam como a araninha ficou encabulada.


Pois é. Depois eu conto outra.

Converso com seres, plantas e bichos.
Invento e até aumento, mas não escondo nada.

Até!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

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assim na água...




como no céu


quarta-feira, 8 de junho de 2011

BESTA É TU!!!

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eu é que não assovio
para atiçar o peru

se a gente vai de fiu-fiu!
ele vem de glu-glu-glu! 

o que traduzido a fio
só pode ser “besta é tu!”

Evite pelejar com perus, assoviando para que respondam. Desengonçados teimosos, tiram sarro da cara da gente. São capazes de passar uma vida inteira respondendo “Besta é tu!” a quem assovia para eles. Pior é que, depois, contam orgulhosos para os outros bichos:

- Peguei mais um besta! Peguei mais um!

Pois é. Entendam o meu velho e já manjado mote: invento e até aumento, mas não escondo nada.

PEGA NA MENTIRA

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dona libélula não é de prosa;
falar com gente não é com ela.
mas esta exibida fadinha magrela,
além de falante, é mentirosa.

negou ter tanto apelido esquisito:
pito-do-demo, cabra-cega, zabumba,
canzil, calunga, aviãozinho, lava-bunda,
papa-mosquito, chupeta e cambito.

pega na mentira... donzelinha encantada!
pega na mentira... demoiselle chique!
pega na mentira... risca-água! ziguezigue!
pega na mentira... libelinha! fada!

---------- NOTAS ----------

1 - A libélula talvez seja o inseto que mais tenha apelidos no Brasil. Se você conhece alguns outros que não estejam entre os listados nos versinhos acima, envie-os por email a este aprendiz de retratista: pontodeprosa@gmail.com.

2 - Os versos de PEGA NA MENTIRA foram musicados por Zeca Baleiro e a canção vai para um álbum que ele gravará em breve para crianças.

3 - PEGA NA MENTIRA e BESTA É TU!, entre outros dos meus poeminhas bestas, estão virando animadas canções dentro do projeto musical SEARA LÚDICA, numa parceria com o compositor mineiro IRINEU DE PALMIRA.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

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quarta-feira, 27 de abril de 2011

VENDE-SE...

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ora bolas, não desista!
a realidade não engana:
o mundo é capitalista 
e até merda dá grana.

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Uma homenagem sarcástica ao MERCADO, este monstrengo cavernoso, arrogante e insensível que acha que em todos manda e tudo pode. 'Destá'...

quarta-feira, 6 de abril de 2011

TOCANTINS

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um poema para lembrar que, na vida, 
os caminhos nem sempre têm que ser 
os mais curtos e retilíneos...


contempla...

o rio que serpenteia
rompe a lonjura do monte
até se perder no horizonte

em sua fluidez de veia
e na prenhez que encerra
nutre o seio da terra

turva-se, encorpa, largueia
mas de calhar sabe o instante
pra fartura da vazante

aprende...

para que o rio flua
há que ser constante
desde a pequena fonte

e até na seca da vau nua
deve segredar o jeito
de substanciar-se leito

mesmo pouco, fraco ou ralo
assim deve ser o verbo
- feito veio dágua


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Aproveito para sugerir uma página do Jornal Opção que destaca seis poetas tocantinenses.

Poema: Tocantins/Antonio Rezende
Foto: Margi Moss

sábado, 26 de março de 2011

sábado, 5 de março de 2011

DANDÁ

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Esta estava se admirando sobre um teto/espelho, na maior panca* de bailarininha zen. Minúscula como a unha de um mindinho, parecia ensaiar uns passos. Não me contive e perguntei...

- Aonde você pensa que vai, narcisinha?!

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*PANCA - o mesmo que POSE
 FOTO - reflexo de flor de 'amendoeira da praia' ou 'sete copas' sobre um teto de carro

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

BRINCANDO DE PEGA

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Não fiz os flagras, mas conto a "lorota". 
Pelas expressões de bichos também traduzo suas "falas".

De tanto eu insistir neste papo de que bato papo com seres, plantas e bichos, leitores agora me desafiam a traduzir falas de bichos flagrados em cenas graciosas por outros fotógrafos. Pode?! 

É o caso destas fotos que recebi por email de uma leitora, já chegaram sem créditos. São puras expressões de leveza e arteirice. Coisa de meninos.

Tudo bem que peguei fama de loroteiro. Mas, creiam, converso mesmo com seres, plantas e bichos. Entendam meu já manjado mote: invento e até aumento, mas não escondo nada.




Nos dois flagras um dos filhotes diz "te peguei!!!", mesmo não tendo segurado o outro, depois de muita provocação do tipo "nem me pega!!!... nem me pega!!!..."

Sim. Brincar de "pega" também é comum entre filhotes. A brincadeira se dá do mesmo modo moleque, leve, arisco e solto, como entre meninos e meninas.

Detalhe: a brincadeira quase sempre termina em discussão; com cada macaco ou gato puxando para seu galho ou balaio. As contendas são carregadas de expressões como "valeu!" e "não valeu!". Uma graça.

É aquela velha polêmica: o que vale afinal, "tocar" ou "segurar" o outro? Há controvérsias.

Até!

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EM TEMPO - Quando surrupiar fotografia pra compartilhar por internet, anexe à imagem o nome do autor ou a fonte.

RESPEITEM O URUBU

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em alto e bom som
indagou-me o urubu:
e aí, sangue bom,
tudo azul?!

  
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Ave tem de toda cor e tamanho, entenderam? Cada uma com seus hábitos próprios, naturalmente; assim como nós mesmos, seres humanos. Convém descer do tamanco, sabe? E parar com esse papo de preconceito. Caramba! Tem gente que só tem olhos para certos passarinhos. Eu, heim!

Até!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

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Ô, de casa!!!


Quando uma casa não tem campainha nem algo que a substitua, para chamar a atenção de quem vive nela, a gente bate palma ou tasca um popular "Ô, de casa!", desde o terreiro.

A expressão popular ainda é muito comum no Brasil, sobretudo no interior, onde também são comuns casas feitas de adobe e de taipa.

Esta eu fotografei no povoado MUMBUCA, em Mateiros-TO, no Jalapão. Como estava com portas e janelas fechadas, provavelmente sem ninguém dentro, fiz a foto sem gritar "Ô,de casa!" para pedir permissão.

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EM TEMPO
As construções de adobe e de taipa variam muito, desde simples moradias com cobertura de palha (como a da foto acima) a casarões mais planejados, com cobertura de telha. Vale lembrar que, por conta dos debates em torno da sustentabilidade e da preservação, as casas de barro estão "na moda", como se diz. De casas caboclas, por conta da 'mudernidade', viraram CASAS ECOLÓGICAS.

FOTO - CASA DE ADOBE, uma herança da arquitetura cabocla: paredes com tijolos de terra prensada,  "chão batido" e cobertura de palha.

Canoas de tora (feitas de um tronco de árvore esculpido a machado e moldado a fogo) ganham nomes sugestivos no litoral brasileiro.

PÃO DOS POBRES, por exemplo, tem tudo a ver com o cotidiano de quem faz da pesca artesanal marinha a principal fonte de sustento.

A vida no limite, entre praias desertas, grandezas celestes e horizontes infinitos.

"Navegar é preciso!

Foto: canoa de tora no litoral de Santa Catarina
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"há nas árvores avulsas uma assimilação maior de horizontes"
MANOEL DE BARROS

foto: silhueta de árvore ao entardecer em Palmas - To

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

CÃO E GATO

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Inimigos históricos? Que nada!

Cão e gato podem ser grandes amigos,
principalmente quando se conhecem na infância.
Com a "meninada" é outro papo.


Por falar em meninada, revendo umas fotos, lembrei daquela ninhada de hottweiler (pronuncia-se rotváiler, quase engolindo o r final da palavra, mas cuidando pra não engolir a língua... rs). Dez moleques arteiros a quem ensinei várias brincadeiras; entre elas futebol, luta livre e cabo de guerra. Falo sério!


Pois é.  Hoje mostro dois daqueles craques...


Fiz a foto num momento de exaustão dos dois, depois de muito corre-corre e agarração numa pelada. A lorota está publicada AQUI.

Peguem o link, mas voltem. Nem que seja pra encarnar de vez meu já manjado mote: "Converso com seres, plantas e bichos. Invento e até aumento, mas não escondo nada."

Até!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

GANGORRANDO COM BEM-TI-VI

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O filhote da foto assobiou, insistente... 

- Bem-te-viiii!!! Bem-te-viiii!!!

 
Queria gangorrar comigo. Dei atenção, claro. Mas tive que jogar limpo.


 - Deixe de bestagem, menino! Já me imaginou num galhinho?

Mostro as fotos pra não ficar de mentiroso.
Eu invento e até aumento, mas não escondo nada

Até!

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Ah! Aves conversam quando cantam. Quando ouvirem passarinho, prestem mais atenção. Principalmente se o canto for do tipo "chamamento inconfundível".

- Bem-te-viiii!!! Bem-te-viiii!!!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

ENCOLHE-ESTICA

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Minúsculo, este ia decidido, num ritmado encolhe-estica.


Seus tons de cores não negavam a camuflagem.
Mas ao meu olhar atento não passou despercebido.


Não estava pra prosa.
Quando tentei puxar papo, foi taxativo:

- Tô avexado!

Mostro as fotos pra não ficar de mentiroso.
Invento e até aumento, mas não escondo nada.

Até!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

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mergulhe neste
PASSATEMPO


Conte os espinhos e ache o grilo enrustido.

Em tempo de BIG BOSTA BRASIL, nada melhor que lembrar uma daquelas páginas da séria série PASSATEMPO que rendeu comentários bem humorados num dos meus primeiros blogs: o LENITIVOS:
http://fotolog.terra.com.br/praverleresentir:255

Vá lá conferir. Depois nem precisa voltar pra dizer se curte ou detetesta a Rede Bobo. Plim-plim?!

Até!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

10 áreas florestais mais ameaçadas do mundo

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 EXTRA!!!
Pandas chineses imitam gesto feio.
Eu explico...

 


O panda vermelho da foto acima vive em montanhas da China, mas está “dando língua” para imitar este macaco prego que fotografei à beira do Rio Preguiças, nos Lençóis Maranhenses. Isto segundo a leitora Sara Venturini, uma brasileira que mora em Portugal e acessou o SEARA LÚDICA a partir de uma busca por bichos no Google.


Sara me enviou a foto do panda e esta, de um manancial na Indo-Birmânia. As fotos, entre outras, ilustram uma lista de 10 áreas florestais mais ameaçadas do mundo, divulgada pela Conservação Internacional.  Em 5º lugar da lista está a MATA ATLÂNTICA. A lista está publicada neste endereço eletrônico: http://www.terra.com.br/noticias/ciencia/infograficos/10-florestas-mais-ameacadas/index.htm

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Enquanto isso, naquela estação...

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PAPO CARIOCA


metrô é "manêro"
mas - se liga aí -
o ritmo é bruto

decida-se ligeiro:
chegar e partir
é coisa de minuto


Para entender o poeminha besta, observe a cena e seus movimentos nesta e nas fotos seguintes.


Repare principalmente o tempo que corre inevitável. 
No relógio digital no centro da imagem são 17:48h

  

Os trens páram para o entra e sai de pessoas.
O relógio digital ainda marca 17:48h


Os trens partem. E o tempo...
Ah... o tempo passa num piscar de olhos.
Agora são 17:49
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As fotos mostram segundos entre embarque e desembarque de passageiros numa estação do metrô no centro do Rio de Janeiro, onde milhares de pessoas se cruzam diariamente, indiferentes . A cidade foi privilegiada pela natureza, mas seu povo leva uma vida de trabalho e correria, coisa comum a quem vive nas médias e grandes cidades brasileiras.


Mas enquanto o tempo corria veloz na estação...


... alí bem perto, numa praça central da mesma cidade metropolitana, uma garça branca entretida com um peixe improvável espreitava o espelho d'água de um chafariz inativo, camuflada entre os reflexos (perceberam?) ...


...e um homem desconhecido dormia ao relento na tarde fria, quase aos pés de uma estátua de Gandhi...



gigante imponente
Mahatma Gandhi
é triste e indiferente

mudo caminhante
só encara
quem lhe encara

estático na praça
ensaia um passo
mas não passa

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Mohandas Karamchand Gandhi, mais conhecido por Mahatma (do sânscrito "grande alma") Gandhi. Um dos idealizadores e fundadores do moderno estado indiano e um influente defensor do Satyagraha (princípio da não-agressão, forma não-violenta de protesto) como um meio de revolução. Frequentemente Gandhi afirmava a simplicidade de seus valores, derivados da crença tradicional hindu: verdade (satya) e não-violência (ahimsa).