segunda-feira, 25 de julho de 2016

AVISO AOS NAVEGANTES



Nosso projeto ganhou versão ampliada e itinerante com atividades práticas que agora incluem artesanato e música intuitiva, além de literatura e fotografia. As atividades estão chegando a várias localidades do Brasil por meio de parcerias com agentes culturais, escolas, universidades, pontos de cultura e comunidades tradicionais, além de unidades de saúde, presídios e centros de recuperação de dependentes.

A edição deste blog está temporariamente suspensa. Mas você pode nos acompanhar nas redes sociais curtindo as páginas LAR DO BARDO e SEARA LÚDICA, no Facebook; e SEARA LUDICA, no Instagram.

Seja também nosso parceiro nesta viagem. Curta e compartilhe nossos conteúdos. 

sábado, 1 de março de 2014

POEMA EM CONSTRUÇÃO




Agora entendi o que disse meu amigo Matuto quando contemplávamos o poente... "Vamos colher, acesos, uma boca de noite úmida com todo hálito de breu, mas também uma aurora dadivosa e reluzente."

À tardinha choveu torrencialmente e trovões bradaram pancadas luminosas, perto e longe, despertando estados de alerta. Varamos a noite em vigília, ele e eu. Já é dia claro. E isso reacendeu a gente. Colhemos uma clara manhã chuvosa com os passarinhos.

Meu amigo tem disso. Muitas vezes se firma aceso e, de lampejo em lampejo, vara noites assuntando. Eu o observo, também alerta, mas folgadamente. Curto sossego. Afinal, dá pra assuntar cochilando; ainda mais quando se tem um bom motivo para fechar os olhos e ver noutro sentido, bailando em espírito com a música de chuvas que se firmam brandas e esparsas depois de temporais, varando noites, embalando a gente.

Como amanheceu, devo servir-lhe um café fresquinho. O cheiro já se espalhou pela casa e foi passear no terreiro, onde meu amigo tem um assento de pedra.  É lá que, geralmente, em silêncio, na esteira de auroras colhidas depois de noites em que se emendaram poentes, com ou sem céu repleto de estrelas, ele costuma me soprar motes de versos e ensinamentos.

Eu ouço em silêncio, assimilo, ancoro, sem pressa. Pressinto o poema em construção como a vida que pulsa no compasso universal das esferas. Sei que a hora de zarpar, de por pra fora, em si mesma se revela. Motes se moldam como se moldam, nela.

Araras passaram agora mesmo aqui, tão perto. Notei que voavam baixo, rasgando o ronco musical do riacho polindo pedras e assanhando mais o coro de pássaros.  Voei com elas até onde a vista alcançou. Depois voltei o olhar para o meu amigo. Ele me espiava... olhar comprido... riso terno.  “Bom dia!”, me falou em pensamento. Eu respondi, também em pensamento... "Bom dia!!!"

sábado, 22 de fevereiro de 2014


Como se fosse a própria aderência do verde viçoso na pedra, Curumim escala com os olhos paredões onde o musgo medra. Assunta o ronco da cachoeira como canção de chuvarada. Espia rebuliços de ventania imaginária no ventinho frio que beira os precipícios. Faz da brisa que arcoirisa ao sol uma suave tempestade. Sobe do chão ao topo, menino alado, como se sobrevoasse imenso vale. De pés no chão arremessa-se em espírito ao espaço. Dá piruetas no azul infinito e volta em rasantes. Depois tibunga de peito, de bunda, deslizando em ondulados mini gramados repletos de sereno da manhã ensolarada. Curumim é um só ser com os encantados.

sábado, 11 de janeiro de 2014

O TEMPO NOS MOLDA A FORMA PASSAGEIRA





O tempo nos molda a forma passageira. Neste mundo tudo muda o tempo inteiro. Pois é.

O projeto SEARA LÚDICA segue seu curso: semear para colher de modo prazeroso e criativo no campo da literatura, da música, do humor e da fotografia.

Eu e o meu amigo matuto em breve vamos percorrer algumas cidades tocantinenses com uma série de oficinas interessantes. Entre elas, sopro e confecção artesanal de instrumentos. Aguardem!

Até!

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012


Perdão pela desatenção costumeira a este espaço. É que ultimamente, além deste meu lero eterno com coisas, plantas e bichos, ando bem incutido com a produção de flautas experimentais. E curtindo uns lampejos de Sopro Divino.

Pois é.Eu invento e até aumento, mas não escondo nada.

Até!

---

Ah! Na minha página do Facebook tem uma série de fotos das flautas de que falo.
Quê?! Se despacho para qualquer parte deste plano?! Claro que sim!
Basta escreverem para pontodeprosa@gmail.com

Agora sim...

Até!

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012


CANOA

comparando forma e leveza,
posso afirmar, numa boa:
quem inventou a canoa
imitou a natureza!

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

ADESTRANDO A CORUJINHA

.

Já disse que converso com coisas plantas e bichos, né?! Pois é...




Ultimamente, ando bem entretido. Estou adestrando um filhote de coruja kaburé que nasceu no quintal. Ele adora cafuné. Como um papagaio ensinado, já “dá o pé”. Ainda não fala, mas presta muita atenção.

Mostro as fotos pra não ficar de mentiroso. Eu invento e até aumento, mas não escondo nada.

Até!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

ACHE A LABIGÓ



SEARA LÚDICA apresenta... mais uma da séria série PASSATEMPO...

Gaste retina e tempo com paciência espiando a foto acima e responda a seguinte pergunta:

Cadê a labigó do rabinho "cotôco" que se mostrou pra mim balançando a cabecinha na maior gaiatice (me deu a língua, juro! rs) bem na hora em que fiz a foto pra mostrar cores e formas de um matagal floridinho?!

RECADO DE PASSSARINHO


Não fiz a foto nem presenciei o momento, mas traduzo mais uma pra vocês. Como disse, leio as falas de aves pelo olhar e pelos gestos delas. Pois é. Sabendo que apareceria no Facebook e que a foto seria vista/compartilhada por mim, a ave aproveitou para mandar um recado:

- Aí, galera... da próxima vez, façam o favor de deixar a torneira menos apertada! Combinado?!

Pois é. Já disse que converso com seres, plantas e bichos. E que invento e até aumento, mas não escondo nada.

Até!

FONTE DA FOTO: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=361888013865526&set=a.246847725369556.64445.100001329917261&type=1&theater

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

ELEVE-SE LEVE


quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

ERÊ



ERÊ é o mais novo morador do LAR DO BARDO. Uma doação do amigo poeta Gilson Cavalcante. Foi encontrado numa rua de Taquaruçu, todo choroso. Chegou tão novinho e desgarrado que logo deu um jeito de continuar mamando: chupa os próprios mamilos. Tá crescendo viciado nisso.
Além de “mamar” no próprio peito, já come ração, bebe leite e traça alguns bichinhos no quintal. Preferencialmente, caça e devora calangos e lagartixas. A calangada tá que chia pro Conselho Consultivo gerido por DEDO-DURINHO. 
Mas ERÊ não tá nem aí pra isso. Tem natureza felina e, claro, não nega a raça de gato de rua; é um predador nato. Só ainda não caça rato e passarinho. Pelo visto, treina intensamente neste sentido: sobe feito bala em troncos de árvores, escala habilmente esteios da varanda, dá pinote pra frente, pra trás, de lado, galopa e upa como um cavalinho. 
ERÊ é féla. Passa o dia fantasiando batalhas mirabolantes com seu juizinho de filhote inquieto: avança, recua, amoita, espreita, se ajeita, planeja... tudo meticulosamente. Ora ataca, ora se defende, calcula demoradamente cada passo. De vez em sempre salta pro alto, como se fugisse de botes de ávidas serpentes.

Em algumas situações, pentelha me cercando em rompantes fantásticos de brincadeira de pega. Eu gargalho com suas presepadas.

Ah! A bicharada do LAR DO BARDO pediu a MESTRE BRANCO que dê um corretivo no "presente" do poeta Gilson. Vamos esperar pra ver no que vai dar tudo isso.
Até!

sábado, 10 de dezembro de 2011



sábado, 3 de dezembro de 2011

MESTRE ALADINHO


Viajo na leveza de um beija-flor que tem visitado a casa diariamente. Chega de repente, pairando meticulosamente aqui e ali, em algumas situações até bem próximo de mim, como se dissesse... “dá licença?!” 

Vem beijar flores, mas também buscar fios de teia de aranha que extrai do telhado, no interior da casa e na varanda. Seguramente pra amarrar talinhos de um ninho em construção.

Não é de hoje que o aladinho me estimula a matutar sobre sua mestria de arquiteto. E assim me desperta ainda mais a atenção para os segredos e mistérios de uma outra ARQUITETURA: a VIDA.

Agora mesmo respiro a plenos pulmões para senti-la. Que maravilha ela pulsar em mim e em todos os seres. Que bacana sentir-se parte do Todo inabarcável mas perceptível. Que bom  compreender isto que é tão complexo quanto simples.

FOTO: Cultura Mix

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

que raro...

 um besourossauro!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O "NEGÓCIO" É CUIDAR


Dia desses, num lampejo, o TudoUM me falou da Criação que explode em Luz e Vida desde a janela dos nossos olhos até o horizonte azul infinito:

- Olha! Minha empresa. Tudo funcionando. E na faixa, de graça, 0800 total pra todos; principalmente vocês que se acham com esse papo de que foram criados à minha imagem e semelhança. Só da boca pra fora, isso que falam. Em vez de me ajudar a CUIDAR estão é DETONANDO. Um assanho mercantil, consumista, materialista. Entendam que fiz vocês com inteligência para que me ajudem CUIDAR DA VIDA. Entendam de uma vez isso. E deixem de culto ao deus DINHEIRO que compra até dignidade humana, mesmo sendo de papel e de mentira. Ah! Não me amolem com pedidos e lamúrias... ‘Ai, meu Deus!!! Ó meu Deus!!! Ô meu Deus!!!’. Aff!!! Parem com isso!!! Estou farto do olho gordo de vocês; só querem brasa pras suas sardinhas; vivem de cuidar do próprio umbigo; uns insaciáveis. Se toquem! Depois que detonarem as coisas naturais e essenciais à vida na Terra, aí irão entender que o DINHEIRO não tem PODER para FAZER O QUE EU FAÇO!”

Pois é. Não tomem por lorota, apesar da alegoria. Converso com seres, plantas e bichos. Invento e até aumento, mas não escondo nada.

Até!

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O ALIENÍGENA

Parece um formigão alienígena?!


Pois é. Depois eu conto quando, como e onde ele apareceu.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

HIPNOSE



Dona Coruja hipnotiza.
Vai encarar?!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

LAR DO BARDO

Pronto! Vou assumir o lado jardineiro produtor de pequenos arranjos. Que tal minha mini-bromélia em cochinho de casca de caju e suporte de talo de goiabeira?


E aí... gostaram?

Pois é. Vou assuntar. Logo abro uma página com fotos de plantas, uma lojinha virtual. Aí verei finalmente a cor da gaita de alguns de vocês


GLOSSÁRIO

1. GAITA - é um instrumento de sopro, mas aqui significa dinheiro; é uma gíria, como GRANA, CASCALHO, BUFUNFA, FAZ-ME-RIR etc

2. ASSUNTAR - o mesmo que ouvir, escutar, apreciar pela audição; pode também ser aplicado no sentido de prestar atenção, matutar, filosofar etc 

terça-feira, 16 de agosto de 2011

ARAGUAIA


No Araguaia, bancos de areia impressionam pela imensidão, pela altura e pelas formas. Geralmente são as primeiras praias que se formam nas épocas de águas baixas.


As praias altas são de bordas soltas que se derramam por sulcos nos canais que unem braços do rio espraiado. O tempo e o vento se encarregam de modelar as beiradas, revelando paisagens inspiradoras.

Meu amigo matuto sabe disso e, contornando tais praias, fotografa de ângulos sempre mais baixos. Seguramente para ressaltar formas e dar a elas dimensões imaginárias.



Agora mesmo ele me enviou estas duas acompanhadas dos seguintes versos. Pois é...


ó praia de grãos movediços
que se derramam pelas fendas
em bordas de líquidas contendas

com quantos dias de vento
te modelam a formosura
e de duna te dão estrutura?

de que forma te sustentas
desde a beirada rasa
solta sob o sol em brasa?

a liga de tuas camadas
de mini-paredões que invento
foi feita de que cimento?

com que rimas devo emendar
no mar de palavras frio e vário
este meu repente desnecessário?

ó praia de grãos movediços
eu sou o canto de teus rebuliços