sábado, 22 de fevereiro de 2014


Como se fosse a própria aderência do verde viçoso na pedra, Curumim escala com os olhos paredões onde o musgo medra. Assunta o ronco da cachoeira como canção de chuvarada. Espia rebuliços de ventania imaginária no ventinho frio que beira os precipícios. Faz da brisa que arcoirisa ao sol uma suave tempestade. Sobe do chão ao topo, menino alado, como se sobrevoasse imenso vale. De pés no chão arremessa-se em espírito ao espaço. Dá piruetas no azul infinito e volta em rasantes. Depois tibunga de peito, de bunda, deslizando em ondulados mini gramados repletos de sereno da manhã ensolarada. Curumim é um só ser com os encantados.