quarta-feira, 6 de abril de 2011

TOCANTINS

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um poema para lembrar que, na vida, 
os caminhos nem sempre têm que ser 
os mais curtos e retilíneos...


contempla...

o rio que serpenteia
rompe a lonjura do monte
até se perder no horizonte

em sua fluidez de veia
e na prenhez que encerra
nutre o seio da terra

turva-se, encorpa, largueia
mas de calhar sabe o instante
pra fartura da vazante

aprende...

para que o rio flua
há que ser constante
desde a pequena fonte

e até na seca da vau nua
deve segredar o jeito
de substanciar-se leito

mesmo pouco, fraco ou ralo
assim deve ser o verbo
- feito veio dágua


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Aproveito para sugerir uma página do Jornal Opção que destaca seis poetas tocantinenses.

Poema: Tocantins/Antonio Rezende
Foto: Margi Moss