terça-feira, 21 de julho de 2009




depois das queimadas vêm
chuvas como bálsamo
sarar a terra nua

e brota o verde entre tons
bichos tostados
árvores mortas

como a vida da mata
que renasce das cinzas
o amor em mim
- planta em solo frágil -
também rebrota

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Poema DEPOIS DAS QUEIMADAS, extraido do livro ACERTO DE CONTAS, de Antonio Rezende
Foto: detalhe de queimada na Chapada Diamantina / Tom Damatta