segunda-feira, 25 de julho de 2016
sábado, 1 de março de 2014
POEMA EM CONSTRUÇÃO
Agora entendi o que disse meu amigo Matuto quando contemplávamos o poente... "Vamos
colher, acesos, uma boca de noite úmida com todo hálito de breu, mas também uma aurora dadivosa e reluzente."
À tardinha choveu torrencialmente e trovões bradaram pancadas luminosas, perto e longe, despertando estados de alerta. Varamos a noite em vigília, ele e eu. Já é dia claro. E isso reacendeu a gente. Colhemos uma clara manhã chuvosa com os passarinhos.
Meu amigo tem disso. Muitas vezes se firma aceso e, de lampejo em lampejo, vara
noites assuntando. Eu o observo, também alerta, mas folgadamente. Curto sossego. Afinal, dá pra assuntar cochilando; ainda mais quando se tem um bom motivo para fechar os olhos e ver
noutro sentido, bailando em espírito com a música de chuvas que se firmam
brandas e esparsas depois de temporais, varando noites, embalando a gente.
Como
amanheceu, devo servir-lhe um café fresquinho. O cheiro já se espalhou pela casa e foi passear no terreiro, onde meu amigo tem um assento de
pedra. É lá que, geralmente, em
silêncio, na esteira de auroras colhidas depois de noites em que se emendaram poentes,
com ou sem céu repleto de estrelas, ele costuma me soprar motes de versos e ensinamentos.
Eu ouço em silêncio, assimilo, ancoro, sem pressa. Pressinto o poema em construção como a vida que pulsa no compasso
universal das esferas. Sei que a hora de zarpar, de por pra fora, em si mesma
se revela. Motes se moldam como se moldam, nela.
Araras
passaram agora mesmo aqui, tão perto. Notei que voavam baixo, rasgando o ronco musical do riacho polindo pedras e assanhando mais o coro de pássaros. Voei com elas até onde a vista alcançou.
Depois voltei o olhar para o meu amigo. Ele me espiava... olhar comprido... riso terno. “Bom dia!”, me falou em pensamento. Eu respondi, também em pensamento... "Bom dia!!!"
sábado, 22 de fevereiro de 2014
Como
se fosse a própria aderência do verde viçoso na pedra, Curumim
escala com os olhos paredões onde o musgo medra. Assunta o ronco da
cachoeira como canção de chuvarada. Espia rebuliços de ventania
imaginária no ventinho frio que beira os precipícios. Faz da brisa que
arcoirisa ao sol uma suave tempestade. Sobe do chão ao topo, menino
alado, como se sobrevoasse imenso vale. De pés no chão arremessa-se em espírito ao espaço. Dá piruetas no azul infinito e volta em rasantes.
Depois tibunga de peito, de bunda, deslizando em ondulados mini gramados
repletos de sereno da manhã ensolarada. Curumim é um só ser com os
encantados.
sábado, 11 de janeiro de 2014
O TEMPO NOS MOLDA A FORMA PASSAGEIRA
O tempo nos
molda a forma passageira. Neste mundo tudo muda o tempo inteiro. Pois é.
O projeto SEARA LÚDICA segue seu curso:
semear para colher de modo prazeroso e criativo no campo da literatura, da
música, do humor e da fotografia.
Eu e o meu amigo matuto em breve vamos percorrer algumas cidades
tocantinenses com uma série de
oficinas interessantes. Entre elas, sopro e confecção artesanal de
instrumentos. Aguardem!
Até!
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
Perdão pela desatenção costumeira a este espaço. É que ultimamente, além deste meu lero eterno com coisas, plantas e bichos, ando bem incutido com a produção de flautas experimentais. E curtindo uns lampejos de Sopro Divino.
Pois é.Eu invento e até aumento, mas não escondo nada.
Até!
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Ah! Na minha página do Facebook tem uma série de fotos das flautas de que falo.
Quê?! Se despacho para qualquer parte deste plano?! Claro que sim!
Basta escreverem para pontodeprosa@gmail.com
Agora sim...
Até!
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
ADESTRANDO A CORUJINHA
.
Já disse que converso com coisas
plantas e bichos, né?! Pois é...
Ultimamente, ando bem entretido. Estou adestrando um filhote de coruja
kaburé que nasceu no quintal. Ele adora cafuné. Como um papagaio ensinado, já “dá o pé”. Ainda não fala, mas
presta muita atenção.
Mostro as fotos pra não ficar de mentiroso. Eu invento e até aumento,
mas não escondo nada.
Até!
quarta-feira, 23 de maio de 2012
ACHE A LABIGÓ
SEARA LÚDICA apresenta... mais uma da séria série PASSATEMPO...
Gaste retina e tempo com paciência espiando a foto acima e responda a seguinte pergunta:
Cadê a labigó do rabinho "cotôco" que se mostrou pra mim balançando a cabecinha na maior gaiatice (me deu a língua, juro! rs) bem na hora em que fiz a foto pra mostrar cores e formas de um matagal floridinho?!
RECADO DE PASSSARINHO
Não fiz a foto nem presenciei o momento, mas traduzo mais uma pra vocês. Como disse, leio as falas de aves pelo olhar e pelos gestos delas. Pois é. Sabendo que apareceria no Facebook e que a foto seria vista/compartilhada por mim, a ave aproveitou para mandar um recado:
- Aí, galera... da próxima vez, façam o favor de deixar a torneira menos apertada! Combinado?!
Pois é. Já disse que converso com seres, plantas e bichos. E que invento e até aumento, mas não escondo nada.
Até!
FONTE DA FOTO: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=361888013865526&set=a.246847725369556.64445.100001329917261&type=1&theater
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
ERÊ
ERÊ é o mais novo morador do LAR DO BARDO. Uma doação do amigo poeta Gilson Cavalcante. Foi encontrado numa rua de Taquaruçu, todo choroso. Chegou tão novinho e desgarrado que logo deu um jeito de continuar mamando: chupa os próprios mamilos. Tá crescendo viciado nisso.
Além de “mamar” no próprio peito, já come ração, bebe leite e traça alguns bichinhos no quintal. Preferencialmente, caça e devora calangos e lagartixas. A calangada tá que chia pro Conselho Consultivo gerido por DEDO-DURINHO.
Mas ERÊ não tá nem aí pra isso. Tem natureza felina e, claro, não nega a raça de gato de rua; é um predador nato. Só ainda não caça rato e passarinho. Pelo visto, treina intensamente neste sentido: sobe feito bala em troncos de árvores, escala habilmente esteios da varanda, dá pinote pra frente, pra trás, de lado, galopa e upa como um cavalinho.
ERÊ é féla. Passa o dia fantasiando batalhas mirabolantes com seu juizinho de filhote inquieto: avança, recua, amoita, espreita, se ajeita, planeja... tudo meticulosamente. Ora ataca, ora se defende, calcula demoradamente cada passo. De vez em sempre salta pro alto, como se fugisse de botes de ávidas serpentes.
Em algumas situações, pentelha me cercando em rompantes fantásticos de brincadeira de pega. Eu gargalho com suas presepadas.
Ah! A bicharada do LAR DO BARDO pediu a MESTRE BRANCO que dê um corretivo no "presente" do poeta Gilson. Vamos esperar pra ver no que vai dar tudo isso.
Até!
sábado, 10 de dezembro de 2011
sábado, 3 de dezembro de 2011
MESTRE ALADINHO
Viajo na leveza de um beija-flor que tem visitado a casa diariamente. Chega de repente, pairando meticulosamente aqui e ali, em algumas situações até bem próximo de mim, como se dissesse... “dá licença?!”
Vem beijar flores, mas também buscar fios de teia de aranha que extrai do telhado, no interior da casa e na varanda. Seguramente pra amarrar talinhos de um ninho em construção.
Não é de hoje que o aladinho me estimula a matutar sobre sua mestria de arquiteto. E assim me desperta ainda mais a atenção para os segredos e mistérios de uma outra ARQUITETURA: a VIDA.
Agora mesmo respiro a plenos pulmões para senti-la. Que maravilha ela pulsar em mim e em todos os seres. Que bacana sentir-se parte do Todo inabarcável mas perceptível. Que bom compreender isto que é tão complexo quanto simples.
FOTO: Cultura Mix
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
O "NEGÓCIO" É CUIDAR
Dia desses, num lampejo, o TudoUM me falou da Criação que explode em Luz e Vida desde a janela dos nossos olhos até o horizonte azul infinito:
- Olha! Minha empresa. Tudo funcionando. E na faixa, de graça, 0800 total pra todos; principalmente vocês que se acham com esse papo de que foram criados à minha imagem e semelhança. Só da boca pra fora, isso que falam. Em vez de me ajudar a CUIDAR estão é DETONANDO. Um assanho mercantil, consumista, materialista. Entendam que fiz vocês com inteligência para que me ajudem CUIDAR DA VIDA. Entendam de uma vez isso. E deixem de culto ao deus DINHEIRO que compra até dignidade humana, mesmo sendo de papel e de mentira. Ah! Não me amolem com pedidos e lamúrias... ‘Ai, meu Deus!!! Ó meu Deus!!! Ô meu Deus!!!’. Aff!!! Parem com isso!!! Estou farto do olho gordo de vocês; só querem brasa pras suas sardinhas; vivem de cuidar do próprio umbigo; uns insaciáveis. Se toquem! Depois que detonarem as coisas naturais e essenciais à vida na Terra, aí irão entender que o DINHEIRO não tem PODER para FAZER O QUE EU FAÇO!”
Pois é. Não tomem por lorota, apesar da alegoria. Converso com seres, plantas e bichos. Invento e até aumento, mas não escondo nada.
Até!
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
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